Convidamo-lo a conhecer o Parque da Paz, o pulmão da cidade, criado pela Câmara Municipal de Almada para dotar o concelho com um dos melhores parques urbanos do País, concebido pelo arquitecto paisagista Sidónio Pardal.
Esperam-no 60 hectares de área verde, composta por diferentes espaços, uns amplos, outros intimistas, que nos fazem perder a noção do tempo.
Suba a escadaria de xisto e granito que serpenteia a partir do parque de estacionamento. No topo, vire à esquerda e aproveite para apreciar o cheiro a campo, o voo das borboletas, a pose das aves, os banhos de sol dos répteis...
Caminhe até à zona central, uma imensa clareira verde, cercada pelas árvores mais adultas do Parque. Sobreiros, pinheiros e azinheiras estão em maioria mas, ao todo, foram já plantadas cerca de 1600 espécies arbóreas e arbustivas.
Contorne este mar verde e instala-se naquele banquinho debaixo de uma imensa anciã. A paz vai invadir-lhe a alma. Quando lhe apetecer, retome o caminho empedrado e descubra um espaço mais intimista.
Aqui são já visíveis “construções” em pedra e xisto, zonas de estadia, que apelam à paragem e pretendem invocar a intemporalidade dos espaços, esbatendo o carácter frágil e transitório da vida.
Sinta o arrepio fresco do som da água provoca antes de sair deste esconderijo, mas no cruzamento vire à esquerda para ir ao encontro do grande lago.
Neste caminho, descendente descontraia com o zunido do vento que lhe sopra aos ouvidos e siga o voo dos patos que o guiam até ao próximo espaço.
Pardal, Sidónio, Parque da Cidade de Almada. Lisboa: Câmara Municipal de Almada e Censur – Universidade Técnica de Lisboa, 1997.
Fonte: Câmara Municipal de Almada (www.m-almada.pt)