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5 de Outubro
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De Sintra ao Cabo da Roca

Mais um dia cinzento, chuvoso, serra de Sintra envolta num manto cinzento coberto e a descoberto da chuva. Encostadas as viaturas por coincidência quase no mesmo local do ano que passou, parecia ser já um pronuncio do que nos esperava. Este ano encostadas as cabeças na recordação dos travesseiros da periquita ninguém se atrasou, á hora marcada estava toda a gente pronta…já fomos felizes em Sintra exclamavam alguns APP, mais outro pronuncio, ou desabafo incontido, todo o cenário se compunha!

 

Chovia, só o toldo da casa das queijadinhas safou os ousados APP, que conjuntamente com outro grupo iam fazendo do desabafo o passatempo.

 

A estrada de Sintra tem mistério, escreveu Eça, não para os APP…para nós tem fascínio, de Sintra ao Cabo da Roca são só 17 km….sim pois ninguém fica pelo caminho, e mais, toda a gente se sente bem no fim. Arautos da desgraça ou mesinhas feitas nas lareiras encostadas ao muros do cemitérios, nada faz mossa neste pequeno, mas bravo, grupo dos APP , tal  aldeia do Astérix , tal reduto inexplorável, resistimos heroicamente e estoicamente a tudo e com todos!

 

Património do Mundo, passa a ser reduto extensível aos APP, a Serra de Sintra já faz parte do nosso percurso, se no ano anterior já tinha deslumbrado, este ano confirmou o fascínio que exerce sobre nós…sedutora esta Serra, que no Cabo da Roca se revela, faz-se difícil no inicio, depois convence pelo meio….depois facilita quase até ao fim…mas este namoro não acaba….voltamos sempre com o mesmo prazer renovado.

 

Fazendo o balanço da prova podemos dizer que toda a gente está de parabéns, resultados que não envergonham ninguém, alguns até supreendentes, classificação a condizer,  a merecer algum destaque, mas que em nada minimiza os resultados dos outros APP, ficam ; O João Abrantes, um caso sério, mesmo muito sério……..cuidem-se meus senhores …..O luís Roque , comparem o tempo do ano anterior, cuidado, muito cuidado..promete. O Tó Lameira a revelar porque é um homem da montanha e do trail, esteve como peixe na água….e ainda uma palavra para o Rui Remédios, homem que faz da corrida uma paixão…só quem corre com paixão faz a prova daquela maneira mesmo sem treinar! Os outros todos merecem destaque, ninguém deixou os seus créditos por pernas alheias.

 

Se no ano anterior se fez estória , este ano confirmou-se que a prova é para duros, e que entre os APP, há muitos e bons.

 

Quanto há organização, de inicio tudo correu bem, Rosa Mota como madrinha, coisa que é um luxo e foi selado com dois beijos na face desta campeã como cumprimento e que muito nos honra. Mas em termos gerais a organização (desculpe Professor Seara pois esperava mais) falhou e muito. Esta prova merecia melhores abastecimentos, só não fazem, quase, falta porque o tempo, pelo frio da época, mantém o corpo sem perder muitos líquidos. Mas tenha o atleta o “azar” de não correr o suficiente para chegar nos primeiros 500,  estavam inscritos 1750, e encontra os despojos do que foram bananas ( vulgo cascas) e laranjas espalhados pelas mesas, e numa tenda sobrelotada(valha-lhe aquecida) bem anda de um lado para o outro e descobre , se tiver sorte, um bolo seco ou um chá morno. É pouco, muito pouco para tanta gente! E a volta para Sintra, Professor Seara, foi o caos, ao aconchego da tenda sucedeu-se um frio de rachar, enquanto se instalava a confusão na entrada para os autocarros.

 

Aquela que se diz ser a prova mais bonita de Portugal, corre o risco de se tornar numa prova pouco apelativa, para crescer em participação têm que, na mesma proporção, crescer em logística…fica a nota.