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Trilhos do Monsanto

Como único representante oficial dos APP, nesta edição dos trilhos do Monsanto, creio ser justo dar-vos a conhecer a beleza e também a dureza de tão singular prova, através de mais uma longa crónica.

Manhã quente de Agosto a adivinhar dificuldades extra, quando o percurso já as tinha em bom número. Nunca tinha feito nenhuma prova de montanha, nem trilhos nada que se pareça…meus amigos é difícil. Muito difícil, mesmo, mas vale a pena. Mas vamos aos factos.

Chego cedo ao local da partida, levanto o dorsal e começo a aquecer, mas não muito, pois o termómetro já marcava 27º (às 9h30). Sentia-me confiante, afinal tinha feito quantidade e qualidade de treinos, alguns específicos como treinos de força (uma variedade de rampas), treinos longos com subidas e fartleks. Mas não deixo de ser um corredor de asfalto, já vão perceber porquê.

Partida dada, temos ainda algumas centenas de metros em alcatrão, até começarem as verdadeiras dificuldades. Imprimo um ritmo rápido, como gosto de fazer, mas assim que passamos o viaduto pedonal para o lado do Monsanto, tem início a verdadeira prova. Até ia solto e com um andamento rápido q.b. (o 1º km foi em 4’18’’) mas ataquei a primeira (longa, dura e empinada) subida, com demasiado ímpeto. Ainda assim, resisti conforme pude e consegui transpô-la (2º e 3ºkms em 5’13’’, notem a diferença), mas o erro estava cometido. Afinal, nada do que treinei me tinha preparado para isto, pensei eu. Certo é que me sentia cansado e sem fôlego (!!!), imaginem (4º km em 5’43’’). Os vários conselhos que fui recebendo ao longo da semana (obrigado António Lameiras e José Garrido), não surtiram o efeito desejado, porque apesar de ter reduzido o ritmo, não foi o suficiente perante a dureza destes quilómetros iniciais. A falta de conhecimento das provas, sem sabermos bem onde atacar e onde nos defendermos, é sem dúvida um factor negativo enorme, pelo menos para mim…

Com o sobe e desce contínuo dos quilómetros seguintes, a máquina não teve descanso, e só nas descidas brutais dos 6º e 7º kms (outro calvário, a 4’19 e 4’53’’), consegui recuperar algumas forças, apesar de o calor apertar cada vez mais. O pouco vento que se sentia junto à partida/meta, aqui no meio do arvoredo nem se sentia. Estava mesmo muito abafado. Com tudo isto, faltava ainda a última subida para o regresso. E que subida(s)… A dada altura constato que corro mais devagar do que atletas a andar, vejo-me forçado a fazer o mesmo, eu que nunca tinha andado em nenhuma prova (afinal é suposto ser corrida e não uma marcha). Mas teve de ser, não podia mais. O 8º km foi transposto em 6’09’’, como resultado do que atrás escrevi e o 9º não foi muito melhor (5’27’’). Mas deu para ir repondo alguns níveis de confiança, uma vez que sabia que a partir deste quilómetro, e até à meta, não haveria mais subidas.

Mas havia descidas bem inclinadas, em compensação. Eram só as descidas cujas subidas já tínhamos feito na primeira parte da prova. Resumindo, tive ali um “bico-de-obra”. Até a parte final da descida, em asfalto, se tornou perigosamente escorregadia (o chão estava cheio de caruma seca), e mais uma vez passam por mim vários atletas (10º km em 4’27’’). Tenho algumas dificuldades a descer, desço mal, muito preso…tenho de incluir também, no meu plano de treinos, rampas no sentido descendente J A meta estava próxima, finalmente, e já no meu piso de eleição consegui recuperar algum ritmo e também alguns lugares perdidos (11º km em 4’10’’). Sprint final e prova concluída.

Resumindo, prova muito dura, com bastante beleza cénica, e que foi sempre uma aventura, desde passarmos por trilhos onde só cabia um atleta de cada vez e era necessário baixar a cabeça, várias vezes, sob pena de batermos nos ramos e ficarmos a descansar um pouco, debaixo de algum pinheiro… e outros onde depois de descidas muito íngremes, apareciam curvas apertadas, onde parecia não ser possível travar para as mesmas. Quedas não vi, mas houve algumas, pelo que me apercebi. Tudo típico deste tipo de provas, digo eu.

Sem dúvida uma experiência estranha mas enriquecedora, mas ao ter erradamente pensado que se trataria de uma prova para fazer ao ataque, dei comigo sem ritmo, poucos kms passados da partida. Ainda tenho muito que aprender…

Bem hajam pela vossa paciência ao lerem esta crónica até ao fim. Resta-me dizer-vos que tentei representar o melhor possível, as nossas cores (APP’s).

Um abraço, vou repousar, daqui a uma semana há mais uma prova e fico à espera para saber como correu o passeio do cicloturismo.

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